A vida pode ser um caos, e na maioria das vezes é disso que a gente lembra, do caos. Não estudo nem nunca me interessei a estudar sobre a memória, mas uma coisa eu tenho certeza, a gente lembra mais dos momentos de dor do que os de felicidade.
Mas não é sobre isso que eu quero falar. E sim, que muitas vezes, a lição pode vir sim de fora. Muita gente fala sobre tudo estar dentro da gente, de vir de dentro e tal, super concordo, mas tem vezes que a gente não consegue, de forma alguma acessar esse interior tão pleno que tanto falam. E dai, meu amigo, minha amiga, eu tenho uma coisa para te dizer, olha pela janela.
Sim, minha dica é literalmente, vai para rua, pro mato, pra praia. Vai até um parque, uma praça, olha para o teu cactos. Olha para o céu, abre a previsão do tempo no teu celular e observa a natureza. Tem algo mais grandioso e inexplicável nesse mundo do que a natureza? Desculpa, mas para mim não tem. E é por isso que eu te falo, olha pela janela. Olha para a rua. Calma, não estou louca e não bebi nenhuma bebida alcoólica, não são bem 10h da manhã ainda! E não estou meio dormindo também! hehe
Mas, vamos ao que importa. Minha reflexão sobre isso é simples: a natureza se adapta, se transforma, sobrevive. E, o que somos perante a natureza? Sinceramente?, coisa alguma. Tu já paraste e olhaste a imensidão do mar? A profundidade que a raiz de uma árvore é capaz de chegar? Tu já viste isso? Pois então… É disso que to falando.
A natureza se adapta a tudo. Se adapta todos os dias ao homem querendo destruí-la por ganância (ou tu achas que tua cobertura frente mar não destruiu nada?!), que aquela pousada linda no meio do mato não desmatou algumas árvores e não impacta na região.
Não sou besta de não entender sobre crescimento urbano, calma lá. Inclusive trabalho com isso e consigo entender a necessidade disso no mundo em que vivemos. Porém!!!!!, vamos ser sinceros, o que o homem faz a cada dia é sim destruir um pouco mais a natureza, e ela se adapta, às vezes reage, responde, da forma que ela sabe fazer: com temporais, terremotos, tsunamis e qualquer tipo de acontecimento natural “inexplicável”.
Sabemos que as geleiras estão derretendo por conta do aquecimento global, e os animais estão fazendo o que? Se adaptando, migrando…. Agora cheguei ao ponto que eu queria, e não é falar sobre como o homem destrói a natureza, e sim, como a natureza é acima do homem. Como a natureza suporta e vem suportando. Alguns arranhões, algumas dores, mas ela reage e segue, com o sol brilhando, a lua nascendo, as estrelas no céu, os mares azuis. Aquele mesmo mar que causa um estrago é o mar que nos banha e refresca, o mesmo sol que nos queima é aquele que nos aquece. É tão simples e óbvio pensar que a vida seria muito menos pesada, ou se preferir, mais leve, se a gente olhasse a natureza com um olhar mais intenso, assim como tentamos olhar para nós mesmos.
Nem sempre vamos ter a solução para nossa dor, nem sempre vamos conseguir resolver as coisas. Na maioria das vezes não vai ser como pensamos ou como queremos, vai ser do jeito que tem que ser. Nem os meteorologistas acertam sempre, porque a natureza age como ela acha que tem que agir, nem sempre é previsível. E porque nós temos que ser?
Às vezes seremos tormenta, às vezes calmaria. Terão dias que seremos um mar tranquilo de água quente e ganhável e outro um tsunami de emoções. Somos muito mais do que carne e osso, somos parte da natureza, se quisermos, aquietarmos a alma e olharmos para a rua, saberemos onde e como aprender a aquietar a mente, a respirar de verdade, a seguir em frente quando a tempestade vier.
Respingos de Ideias 